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A mostrar mensagens de agosto, 2013

Poemacto

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Minha cabeça estremece com todo o esquecimento. Eu procuro dizer como tudo é outra coisa. Falo, penso. Sonho sobre os tremendos ossos dos pés. É sempre outra coisa, uma só coisa coberta de nomes. E a morte passa de boca em boca com a leve saliva, com o terror que há sempre no fundo informulado de uma vida. Sei que os campos imaginam as suas próprias rosas. As pessoas imaginam os seus próprios campos de rosas. E às vezes estou na frente dos campos como se morresse; outras, como se agora somente eu pudesse acordar. Por vezes tudo se ilumina. Por vezes sangra e canta. Eu digo que ninguém se perdoa no tempo. Que a loucura tem espinhos como uma garganta. Eu digo: roda ao longe o outono, e o que é o outono? As pálpebras batem contra o grande dia masculino do pensamento. Deito coisas vivas e mortas no espírito da obra. Minha vida extasia-se como uma câmara de tochas. - Era uma casa – como direi? – absoluta. Eu jogo, eu juro. Era uma casinfância. Sei como era uma casa louca. Eu me

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É estranho como conhecemos os contornos de um corpo que nunca se tocou. A textura suave que se insinua. Um corpo que se move na minha mão como se dela sempre tivesse feito parte. Um sexto dedo. Afinal, a vantagem dos dedos é que sentem sem que se tenha de pensar neles. Sem que se tenham de pensar! Vieste ter comigo, levaste-me a passear e exigiste o que te prometera. Não foram necessárias palavras. Sabia ao que vinhas. Um toque leve de mão; uns lábios que se roçam; uma boca quente, doce e húmida que nos dá de beber e sacia; um abraço violento; um primeiro abraço lento… Mas o amadurecer do dia tem a vantagem de desvanecer os sonhos. Com a sua aproximação ao zénite, o Sol arrasta para longe as emoções despertadas pelas memórias do sono.

Primeiro dia de colégio.

No teu primeiro dia de colégio, a diferença mais significativa entre tu e o grupo onde foste inserida foi o de pedires autorização antes de mexer no que quer que fosse. E essa foi a única queixa que recebemos!