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Confiança pessoal e política

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Na semana que agora termina, muito se falou sobre confiança política e pessoal, no exercício de funções políticas. Num caso, devido a algumas das escolhas de Luís Montenegro para o XXIV Governo, como Paul Rangel, Leitão Amaro, Pedro Duarte ou Miguel Pinto Luz. No outro, tendo como ponto de partida as exonerações de membros de gabinetes do Governo Regional. Falou-se disto, como se fosse crime ou – pior! – pecado, responsáveis políticos fazerem escolhas com base no critério de confiança política e pessoal. O melhor contributo que se pode dar para o crescimento de populismos e movimentos demagógicos é misturar alhos e bugalhos e confundir a opinião pública. Sei que este ruído mediático é útil às oposições. Pela minha parte, tentarei fazer um exercício contrário. No caso de Montenegro, todos percebemos que o seu Governo, se quiser ser eficaz e se quiser durar, terá de ser preparado tecnicamente, mas, igualmente, forte e ágil politicamente. Enquanto Primeiro-Ministro, Montenegro necessita d

O caminho é para a frente! 9/02/2024 08:00

Não há como contrariar: o PSD-M foi atropelado por uma crise da dimensão de um avião militar. De um momento para outro, o partido foi associado a uma investigação criminal, com consequências políticas inauditas. Mas as crises são, simultaneamente, momentos de oportunidade. As adversidades trazem possibilidades de mudança positiva e períodos de crescimento. Permitem reavaliar as prioridades e ajudam promover a resiliência. Facilitam e estimulam a renovação. Nada do que digo é novo: já os gregos sabiam que a “krísis”, que significa “separação” ou “julgamento” é, igualmente, um momento de decisão. Na filosofia grega, o conceito está intimamente associado à ideia de discernimento ético. A crise era vista como um momento de avaliação moral, onde as escolhas atestariam, ou resistiriam, aos valores, aos princípios e ao caráter. Na “República”, de Platão, crise surge associada às discussões sobre a justiça, a virtude e o governo ideal. Aristóteles discorreu, igualmente, sobre a importância de

Eleições: o que está em causa - 09-03-2024

Nas eleições do próximo domingo, há apenas uma pergunta que os madeirenses devem fazer a si próprios: quais são as pessoas que melhor defenderão os nossos interesses na Assembleia da República? Esta é a questão verdadeiramente importante, cuja resposta deverá ser dada nas urnas. É também relevante saber se validaremos o desastre que foi a governação do PS ou se iremos contribuir para colocar no poder um Pedro Nuno Santos (PNS) impreparado, sem visão estratégica e sem projeto para o país e menos ainda para as autonomias. A sua eventual vitória será o perpetuar da desgraça. Enquanto esteve no Governo, foi, talvez, dos piores ministros que a nação já teve, com fracassos atrás de fracassos, com muitos anúncios e zero concretizações. Lembram-se das promessas sobre habitação, aeroporto, ou a via férrea? Como confiar, para Primeiro-Ministro, num político que nunca cumpriu? Que nunca efetivou? Que nunca alcançou o sucesso numa qualquer área de governação que teve sobre a sua alçada? PNS fala m

Faz frio? Mais varandas e menos lareiras! JM 12-01-24

    Esta semana, assisti a uma reportagem onde era abordada a pobreza energética, nomeadamente por haver uma grande percentagem de portugueses que continua a passar frio dentro de casa! Na reportagem, foi referido que Portugal é o 4º país da UE com maior pobreza energética e que 19% dos portugueses vive sem aquecimento. Não me sobra qualquer dúvida sobre isto. Sei bem que, em Portugal, como país temperado (para a realidade europeia), as habitações não estão preparadas para grandes amplitudes térmicas. Mas não só as habitações: os serviços, os equipamentos públicos, os edifícios e até os espaços públicos não estão adaptados. Basta lembrar que, na esmagadora maioria das cidades portuguesas, as escolas encerram quando neva, por exemplo. A fonte da informação, para a reportagem, foi um estudo da Universidade Nova, onde é proposto um Índice de Vulnerabilidade Energética, que concluiu que são as Regiões Autónomas a apresentar maior vulnerabilidade. Na reportagem, dava-se a entend