As instituições do passado não são boas por serem antigas, mas são antigas por serem boas*
O que significa, para mim, ser conservador no Séc. XXI? Não há uma resposta simples, óbvia a inequívoca a esta pergunta. Vamos a alguns pontos prévios. As ideologias são espectros dos quais quase todos nós partilhamos. Alguns mais do que outros e nalguns casos mais do que noutros. Porque todas as ideologias têm premissas (chamemos-lhes assim) universais que ninguém recusará e porque todas elas padecerão de vícios que dificilmente serão aceites por todos. Ora, eu, como qualquer outro, também perfilho várias ideias de outras doutrinas ideológicas, não me considerando, de todo, um conservador “puro”. Por outro lado, não estão traçados com rigor os limites de cada uma das ideologias. Onde termina o Comunismo e começa o Socialismo? Qual a fronteira entre o Socialismo e a Social-Democracia? Mais, as próprias ideologias também não são imutáveis: vão-se ajustando aos contextos sociais, culturais, económicos, geográficos, temporais e políticos. Mantendo premissas-base, as ideologias hoje não sã