"Somos guardadores e exportadores de espanto"
Opinião | 25/01/2018 00:44 Não, caros leitores, o título não é meu. Gostaria que fosse, mas não é. Foi uma lindíssima expressão que José Tolentino Mendonça nos deixou quando cá esteve, naquele que foi para mim um dos grandes acontecimentos de 2017, a sua conferência no Fórum Madeira Global. Neste evento, a reunião magna anual das Comunidades Madeirenses, que tem como princípio fundamental garantir uma maior participação dos nossos conterrâneos espalhados pelo mundo e prestar assessoria ao Governo Regional no quadro da definição das políticas para o sector, o padre e poeta brindou todos os presentes com um elogio absolutamente único à sua terra-natal. Deixou-nos uma das mais belas laudes à Madeira que tive oportunidade de assistir ou de ler. Porque descreveu na perfeição aquilo que tantos de nós sentem na relação com esta terra que nos viu nascer. “A Madeira é um útero, um vácuo cósmico onde o tempo não corre, o colo de um vulcão maternal.” É, temos da Madeira a imagem antro