Sobre a moralidade e a liberdade
A moralidade hoje não está mais assente na validade universal das suas premissas sendo, pelo contrário uma moral individual. À moral teocêntrica e à moral racional (proposta pelo Iluminismo), manteve-se o substrato conceptual de que o sujeito da ação poderia universalizar as suas máximas. Num caso, por origem e caminho divino, noutro pela crença de que sendo racionais, não seria possível o seu não entendimento e aceitação por parte de qualquer entidade possuidora de razão. Curioso, mas parece-me que os teóricos do libertarismo defendem esta moral universal racional. Ao primado da moral de origem divina, opõe-se o primado da moral de origem racional e universal. O problema é que, hoje, pensarmos o dever, como limitação à nossa liberdade, não pode ser feito à luz de uma ou de outra. O individualismo pós-moderno insere várias variantes: queremos uma moral indolor e minimalista, que não nos restrinja o prazer e a liberdade. Um dever prazeroso. Fazemos não porque tem de ser, porque é o mora