O caminho é para a frente! 9/02/2024 08:00
Não há como contrariar: o PSD-M foi atropelado por uma crise da dimensão de um avião militar. De um momento para outro, o partido foi associado a uma investigação criminal, com consequências políticas inauditas. Mas as crises são, simultaneamente, momentos de oportunidade. As adversidades trazem possibilidades de mudança positiva e períodos de crescimento. Permitem reavaliar as prioridades e ajudam promover a resiliência. Facilitam e estimulam a renovação. Nada do que digo é novo: já os gregos sabiam que a “krísis”, que significa “separação” ou “julgamento” é, igualmente, um momento de decisão. Na filosofia grega, o conceito está intimamente associado à ideia de discernimento ético. A crise era vista como um momento de avaliação moral, onde as escolhas atestariam, ou resistiriam, aos valores, aos princípios e ao caráter. Na “República”, de Platão, crise surge associada às discussões sobre a justiça, a virtude e o governo ideal. Aristóteles discorreu, igualmente, sobre a importância de