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A mostrar mensagens de janeiro, 2025

Parlamentar ou para lamentar? JM - 15/12/2024 03:30

Atravessamos tempos estranhos e preocupantes. Em apenas 1 ano e 4 meses, realizámos duas eleições legislativas regionais, e a previsão é de que dentro de 2 meses sejamos, novamente, chamados às urnas. Para além do evidente cansaço do povo madeirense, este ciclo constante de eleições impede a estabilidade e a previsibilidade indispensáveis ao desenvolvimento económico e ao bem-estar social. Aliás, com esta permanente volubilidade, é quase um milagre os resultados positivos que a nossa economia apresenta, bem como a tranquilidade social em que vivemos. Felizmente, os agentes económicos, sociais, culturais e desportivos, enfim, o nosso povo, não se comporta da mesma forma que os partidos. Digo-o sem pruridos, porque acompanho de perto o fenómeno político e a atividade parlamentar na Madeira: o que se tem passado na Assembleia Legislativa, a tensão, a agressividade, a incapacidade de colocar o interesse regional à frente de interesses pessoais e partidários, a dificuldade em negociar, são ...

Entrincheirados - JM _ 10-01-2025

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Nós vivemos numa frente de batalha estreita e somos agarrados à terra pela força da necessidade. Não lutamos, não conquistamos; apenas resistimos e não queremos ser destruídos. Remarque, Erich Maria, “A Oeste Nada de Novo” Ainda não passou um ano e cá estamos, de novo, a viver uma crise política. Em janeiro de 2024 deveu-se a uma operação de carácter quase paramilitar, tão questionável na proporção de meios e mediatismo, quanto na solidez da suspeita, que resultou na absoluta desvalorização pelo Juiz de Instrução Criminal (JIC). Apenas para recordar a montanha que pariu o rato: 2 aviões militares, 80 carros de aluguer; 2 autocarros, quase 300 agentes, 2 juízes, 6 magistrados do Ministério Público e um despacho do JIC que diz o seguinte: “Não existem, nos autos, indícios, muito menos fortes indícios de que (…) o arguido (…) tenha incorrido na prática de um qualquer crime”. Entretanto, fomos a eleições, foi dada posse a um governo, foi aprovado um orçamento. Os madeirenses pensaram, aliv...

VITÓRIA

No passado dia 4 de janeiro de 2024, fui deixar a minha filha Beatriz ao aeroporto do Funchal, para o regresso a Évora, após a passagem de ano comigo. Depois de a entregar ao funcionário que a acompanhou, subi ao terraço, à espera de ver a Bia entrar no avião e a aguardar pela sua partida. Obviamente que estava muito triste pela despedida e contava os dias para voltar a estar com a minha filha. Enquanto estava cá fora, vi uma linda menina, com uns 4 ou 5 anos, a brincar, correndo de um lado para outro. Estava acompanhada pela família que, como vim a saber mais tarde, era composta por pai, mãe e tio. De vez em quando, a menina aproximava-se e parava, encostada a mim. Ria-se e voltava a correr. Entretanto, a Bia entrou no avião e a menina continuava a brincar. Assim que A321 iniciou a saída para a pista, a menina aproximou-se novamente e ficou parada a olhar para mim. Falei-lhe, fiz-lhe carinhos no cabelo e também nada disse, nem se mexeu. Perguntei-lhe o nome e ela continuava vidrada em...