15 12_10_2025
15 Hoje fazes 15 anos. Quinze voltas completas ao sol. E eu, quinze voltas a aprender o que é ser pai. Olho para ti e percebo que já não és menina, mas ainda o és. Que já és mulher, mas ainda não inteira. Estás nesse intervalo mágico em que tudo é possível: o riso que ainda é infantil, o olhar que já é de mulher, o sonho que cresce contigo. Há qualquer coisa de divino neste tempo. És flor e raiz, força e ternura, impulso e calma. És tudo o que um pai poderia sonhar e, ainda assim, és mais do que eu algum dia conseguiria imaginar. Neste último ano, reparei que já não te explico o mundo, converso contigo sobre ele. Já não te ensino a andar, caminho ao teu lado. Já não te protejo do mar, nado contigo. E é tão bonito ver-te ser. Recordo-me da bebé que cabia na palma da minha mão e da menina sempre feliz que enchia a vida de risos. Tenho saudades, claro. Mas gosto ainda mais desta fase, em que a tua presença é luz serena e furacão, conversa boa e discussão, cumplicidade inteira e uniã...