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A mostrar mensagens de dezembro, 2012

Governo antidemocrático

Será este governo democrático? Um governo democrático é um governo dialógico que reconhece a importância da sua legitimidade de governar, como também reconhece que outros são igualmente representantes do povo e que por isso devem ser ouvidos e as políticas com eles devem ser debatidas, não de uma forma dogmática, mas com abertura para que da diversidade emerja uma política equilibrada que sirva a todos. Essa é a raiz da democracia. E o PSD, o CDS e o PS são tradicionalmente classificados como partidos do centro, partidos não radicais, logo mais dignos de confiança eleitoral, porque defendiam esta perspetiva, ante a clássica radicalidade ideológica do PCP. Ora, hoje, não é isso que se passa. O PSD e o CDS já não são partidos de centro. São partidos radicais de uma direita liberal. Não são dialógicos, porque não negoceiam: não negoceiam com os nossos credores, não negoceiam com restantes partidos, não negoceiam com atores da concertação social, não negoceiam com poder local, não negoceia

Ditos de Beatriz II (atualizado)

- O pai pisgou-se. Atrás dele... (Quando eu e a tua mãe falávamos mais alto): - Icho não. Pára com icho. Calma... (Mente inquisidora, a apontar para coisas e pessoas): - O quéisto? - Quem éisto? O tua mãe diz-te: - És fresca, és.... Respondes. - Eu, nem pensar... Uma macaca com 27 meses)

Pink Floyd

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Amo Pink Floyd. Quando, em criança, ouvi pela primeira vez, fiquei apaixonado para a vida. E como qualquer purista amante de Pink Floyd, nunca perdoei David Gilmour por ter forçado a saída de Roger Waters da banda. Porque Pink Floyd sem Roger Waters não é bem Pink Floyd. E os álbuns sem o histórico vocalista (perdoa-me Syd Barret) perderam algum valor. E sempre achei que se era para sair alguém, mais valia ter saído Gilmour. Contudo, hoje, tenho a profunda convicção que a banda perderia tanto, ou até mais se, ao invés de Waters (perdoa-me agora, tu, Roger), tivesse saído o David. Porque a fender é vital aos Pink Floyd. E ninguém a toca, no espírito da banda, como David Gilmour. Espero conseguir ensinar-te a gostar tanto de Pink Floyd como eu, minha querida.

Dos olhos iníquos ou quando as sensações e sentimentos provam ou desmentem a epistemologia moderna.

Fala o homem lento. Não sei como poderia achar-me apaixonado por uma alma tão pueril, tão imprudente? És demasiado nova para o amor calmo e terno da velhice. Para o amor sublime. Como poderás ser amante, se não sabes ser amiga? Como poderias ser curandeira, se nem serves para acalmar o estado febril? E a solidariedade é uma flor que se cultiva. Não é a parasita do jardim. És selvagem, mas não és orquídea. E não, não é o olhar feminino que determina a evolução, porque a origem da beleza reside na opção pela bondade… E essa não encontra a resposta no darwinismo. O sabor a morango que se desprende dos teus lábios apenas comprova a iniquidade do que vive agarrado aos teus olhos. Porque hoje sei que não tens olhar. O olhar exige a compreensão da distância e não apenas o que vive na iris. E os fantasmas estão sempre tão próximos, porque são sombras no glóbulo ocular. São a miséria que tens para oferecer. Por isso, recuso a inundação da saliva que me prometes, a humidade tépida com que