Voto PSD!

Durante a legislatura que ora finda teci várias críticas, em diversos momentos, à governação da Coligação PSD/CDS. As considerações foram contundentes e por vezes muito agressivas porque manifestavam a minha desilusão – e até alguma frustração! - para com algumas medidas que foram tomadas, bem como para com a falta de cumprimento de compromissos assumidos por Passos Coelho durante a campanha eleitoral.
Estas eleições seriam a oportunidade para dar corpo a essa frustração.
Contudo, acho que qualquer alternativa é pior.
De um lado estão aqueles partidos que desejam o suicídio social e económico que seria a saída do Euro, proposta com a qual não me identifico porque a considero um desastre para o país. De outro, está um partido cujo líder desbaratou um capital de confiança, como nunca se viu, em apenas alguns meses. Se Costa desbarata assim esse capital, o que não faria com a credibilidade internacional de Portugal? O que faria à governação?
Costa não é alternativa: porque nunca conseguiu articular um discurso coerente e convincente em torno do seu programa; porque não manifesta qualquer sentido de estado; porque até mesmo do ponto de vista democrático revela algumas limitações (quando promete não deixar passar o Programa de Governo, caso a Coligação PaF vença com maioria relativa); porque nunca soube explicar onde é que iria “poupar” na Segurança Social; porque mantém os tiques autoritários e agressivos característicos do socretismo de má-memória; porque tergiversa de acordo com sondagens e opiniões, sem qualquer assertividade quanto ao que irá fazer e ao rumo que quer dar ao país, com postura titubeante, porventura fruto de sua própria insegurança política. Seria um Primeiro-ministro Instável e Portugal não necessita de instabilidade.
Mas se ao nível nacional a escolha da candidatura que merece o meu voto é complicada, na Região é muito mais simples. Aqui, entre as alternativas minimamente credíveis, apenas temos de escolher entre projetos políticos coletivos com vista ao interesse comum ou projetos de poder pessoais.
Não votaria no CDS porque a candidatura é unipessoal, em que o candidato aposta numa postura de Rei-Sol, num solipsismo insuportável até para os seus, que é como quem diz, para os militantes do CDS. É claramente um
projeto de poder pessoal, a exemplo do que vem fazendo, ao longo dos últimos anos, eleição após eleição.
Também não merece o meu voto o PS (apesar de integrar a candidatura a Adelaide, pessoa pela qual tenho estima pessoal e reconhecimento intelectual) porque neste caso há uma necessidade manifesta de relegitimação da liderança do partido, por parte de Carlos João Pereira, que necessita mostra “valer mais” eleitoralmente do que o seu antecessor. A candidatura é, igualmente, um projeto pessoal que não tem em conta os interesses da Madeira e da sua população. É legítimo que o líder do PS queira afirmar-se, assim, definitivamente, na liderança do seu partido. Não tem em conta, contudo, os interesses da região.

Dizem os críticos que na candidatura do PSD-M falta experiência política. Falta e temos de o assumir. Mas neste caso, longe de ser um defeito, é uma virtude. Falta experiência mas falta também o vício. Não há experiência, mas há disponibilidade, há capacidade intelectual e crítica, há compromisso, há ousadia. É uma candidatura plural, composta por gente jovem, em que os diversos candidatos se complementam e que funciona como uma verdadeira equipa, conforme pudemos constatar ao longo da campanha. Sob o lema “Autonomia Sempre” é uma verdadeiro projeto político coletivo para a Madeira e para os Madeirenses. Tenho certeza de que posso confiar nesta lista para defender os nossos interesses na Assembleia da República. Tal como estou certo de que esta juventude afirmar-se-á em São Bento. Daqui a 4 anos estaremos todos a celebrar o trabalho feito por deputados como a Rubina, a Sara, o Paulo ou o Daniel. Por isso, não tenho dúvidas. Eu voto PSD-M. Eu voto Autonomia. Sempre!

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