Três anos*

Há três anos entraste na minha vida.
Impuseste-te em casa e fora dela, desde há três anos.
Há três anos olhaste para mim pela primeira vez.
Vivo suspenso nesse teu olhar, há já três anos.
Há três anos chegaste com um choro vigoroso, que marcava bem uma forma de viver.
Exiges uma dimensão só tua e sequestraste-me para ti, há três anos.
Há três anos que és senhora das minhas mãos, dona dos meus sonhos.
Uma semi-deusa pagã; uma querubim do Céu católico, desde há três anos.
Há três anos que me pedes colo, que não te nego – nunca!
Os meus braços são para ti e apenas servem para te abraçar, há já três anos.
Há três anos que me matas a sede.
Bebo-te às golfadas, com a alma sequiosa de ti, há três anos.
Há três anos nasceste. Fizeste-me renascer, para em ti viver novamente, há três anos!

Parabéns, filha, pelos teus 3 anos.

* Escrito no dia 12 de outubro de 2013.

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