AUTONOMIA: A FORÇA DA VONTADE! Opinião | 03/10/2019 08:11
A força não provém da capacidade física. Provém de uma vontade
indomável
Mahatma Ghandi
Mahatma Ghandi
Celebrou-se
ontem o 150º aniversário do nascimento de Mahatma Ghandi. Daí a escolha de uma
das suas citações que mais gosto. De facto, a força de cada um de nós e a força
de um povo não tem origem no poder físico ou na capacidade bélica. Reside,
antes de mais, na vontade inquebrantável, filha da crença e da convicção que
pulsam no interior do coração humano.
O
ativista indiano sustentou toda a sua vida naquela afirmação. Feroz opositor ao
colonialismo, teve como única arma a vontade absolutamente indomesticável de
libertar a sua nação. Acreditava que o povo indiano tinha direito à
autodeterminação e não deveria ser uma qualquer corte do outro lado do mundo a
decidir o futuro da Índia.
Estes são
ensinamentos importantes, que nos legou Ghandi. E também nós, autonomistas madeirenses,
somos herdeiros deles. Porque conhecemos bem o frémito que nos nasce na alma, o
desejo irreprimível de liberdade, ante ditames que nos querem impor a partir da
metrópole centralista. E sabemos que a nossa única arma reside na vontade de
mais e melhor autonomia, na nossa vontade de resistir; na vontade indomável de
exigir que a República deixe de estar ao serviço de interesses partidários
conjunturais e passe a servir todos os cidadãos portugueses, residam eles onde
residirem; na legítima aspiração de que os nossos direitos sejam respeitados.
Somos
herdeiros porque conhecemos bem a força da vontade!
António
Costa, Primeiro-Ministro deste país, veio à Madeira e de forma arrogante e tom
pedante garantiu que a partir deste ano os nossos destinos estariam nas suas
mãos. Prometeu aos seus apaniguados locais três vitórias, nos três atos
eleitorais que se seguiriam. E, de facto, para isso, não poupou esforços:
alguns claros, outros poucos transparentes; alguns legítimos e outros inconfessáveis;
alguns democráticos e outros absolutamente infames.
Contudo,
este povo, que há 600 anos resiste à agrura da montanha e à ferocidade do mar,
tem vindo a mostrar que não se deixa seduzir pelos desejos nascidos no Terreiro
do Paço. Portugueses aqui, é aqui que decidimos o nosso futuro. E são os
madeirenses que o fazem, não os outsiders que nos querem impor. Continuarão
a ser os verdadeiros autonomistas a definir o percurso que iremos percorrer
coletivamente.
Esta foi
a resposta que os madeirenses deram às promessas de Costa e à cobiça
socialista, que queria assaltar o poder na Região. Em dois atos eleitorais, os
madeirenses mostraram que não estão pelos ajustes e que não se deixam
condicionar, mesmo ante a tentativa de sequestro socialista que tanto prejuízo
tem causado à Madeira e aos madeirenses.
No dia 6 de outubro, teremos a última das
eleições deste ano. E temos mais uma oportunidade para mostrar que não nos
deixamos domesticar. No próximo dia 6, temos de deixar claro que para nós, a
autonomia é uma condição da qual não abdicamos. E para isso, é imperioso que se
envie para o coração da República uma verdadeira Guarda Pretoriana da Autonomia
Madeirense, composta por deputados social-democratas, que ao longo de anos já
demonstraram não ceder ou transigir na defesa dos nossos direitos. No próximo
dia 6 é imprescindível que a Madeira mostre a Costa que aqui mandamos nós.
Porque somente assim esse recado será atendido. E pode ser que, reforçando a
força do PSD-M, finalmente se comece a desbloquear tantos dossiers que temos
pendentes com o Governo da República e que são de fundamental importância para
o nosso integral desenvolvimento.
Autonomia
sempre!
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