Désespoir: desesperança ou desespero?
Falava-te de desilusões.
Sabes, vivo um período da minha vida em que o desapontamento é predominante.
Melhor, reflito agora, não será desapontamento a palavra correta: desesperança! Cada vez mais, espero menos: menos do sistema político que me rege; menos dos meus líderes; menos dos que me cercam. Espero menos das promessas que me fazem; menos dos compromissos que comigo assumem; menos das juras eternas. Espero bem menos dos meus pares, menos dos meus chefes, menos dos meus subalternos. Menos dos meus amigos, menos do presente e, certamente, muito menos do futuro!
Talvez porque a desaprendi (os portugueses já não sabem pronunciar esperança), o sentimento parece ter-se, também, desvanecido na planície do tempo. Não sei pronunciar e já não a sinto.
Desesperança ou desespero? A língua francesa faz dos dois conceitos, uma só palavra. Contudo, tenho desesperança mas não estou desesperado. Apenas um pouco mais velho, quando gostaria era de ser mais antigo.
Mas a vida não tem de ser desesperada – e a minha não é! -, ainda que ante a falta de esperança. E o que me falta desta, sobeja em fé. E nesta relação, acho que saio a ganhar. Porque se não espero mais daqueles que sei que já não me irão dar - que nada têm para me dar, ou porque já deram tudo, ou porque tudo não era suficiente ou, apenas porque aquilo que tinham para dar, parecia já nada -, mantenho uma confiança inabalável em todos aqueles que estão sempre para mim. Olho bem fundo dos teus olhos e mesmo quando me negas o prazer do juramento de amor eterno, respiro a fé antiga da Tradição e sei que tens tanta fé em mim, como aquela que para ti reservo.
Sabes, vivo um período da minha vida em que o desapontamento é predominante.
Melhor, reflito agora, não será desapontamento a palavra correta: desesperança! Cada vez mais, espero menos: menos do sistema político que me rege; menos dos meus líderes; menos dos que me cercam. Espero menos das promessas que me fazem; menos dos compromissos que comigo assumem; menos das juras eternas. Espero bem menos dos meus pares, menos dos meus chefes, menos dos meus subalternos. Menos dos meus amigos, menos do presente e, certamente, muito menos do futuro!
Talvez porque a desaprendi (os portugueses já não sabem pronunciar esperança), o sentimento parece ter-se, também, desvanecido na planície do tempo. Não sei pronunciar e já não a sinto.
Desesperança ou desespero? A língua francesa faz dos dois conceitos, uma só palavra. Contudo, tenho desesperança mas não estou desesperado. Apenas um pouco mais velho, quando gostaria era de ser mais antigo.
Mas a vida não tem de ser desesperada – e a minha não é! -, ainda que ante a falta de esperança. E o que me falta desta, sobeja em fé. E nesta relação, acho que saio a ganhar. Porque se não espero mais daqueles que sei que já não me irão dar - que nada têm para me dar, ou porque já deram tudo, ou porque tudo não era suficiente ou, apenas porque aquilo que tinham para dar, parecia já nada -, mantenho uma confiança inabalável em todos aqueles que estão sempre para mim. Olho bem fundo dos teus olhos e mesmo quando me negas o prazer do juramento de amor eterno, respiro a fé antiga da Tradição e sei que tens tanta fé em mim, como aquela que para ti reservo.
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