Bum-bum! Bum-bum! Bum-bum! Até hoje, apenas te reconheço esta voz. Este som que te faz vida, que assinala a tua presença, que me garante que não és simples memória de um sonho. Pelo som que nos concedes, não é, ainda, possível, identificar qualquer reacção tua, qualquer sentimento, qualquer desejo. E, no entanto, falamos… Estabelecemos, já, longos diálogos, como promessa do que há-de vir, sobre a Vida e sobre o Amor. Já estabelecemos um elo inquebrável, que não se reduz a qualquer exoterismo ou misticismo oco. Já me demonstraste que és, porque existes, não como essência, mas como presença no plano da existência. Não leste Sartre, não leste de Beauvoir, não leste Camus, mas já te instituíste. Uma existencialista que me saíste, tu! Bum-bum! Bum-bum! Bum-bum! Com a tua atitude assertiva, o teu carácter vincado, demarcas já o teu espaço. Uma General de 400 gramas, do tamanho da minha mão – mas é uma mão grande, dizes-me sorridente e já me condenando à veneração a uma deusa pagã! Bum-bum! B...
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