Do sofrimento!


Vejam bem sobre quem foi a carga policial das forças policiais húngaras. Vejam e imaginem se fossem vocês, com os vossos filhos, netos, sobrinhos, ao colo. O grito de terror das vossas crianças. A vossa impotência para as proteger, mesmo que façam do vosso corpo escudo humano e apanhem com todas as pancadas que são distribuídas indiscriminadamente. O gás lacrimogéneo a começar a produzir efeitos. Já não é apenas o medo, o terror, é também a dor a começar a invadi-las. As lágrimas já lhes saem fartas, verdadeiras, doídas, aterradas. E vocês a quererem fugir sem terem de pisar outros que caem à vossa frente. Querem sair dali mas a massa humana que vos antecede não vos permite fazerem-no com a velocidade que desejam. Fechem os olhos e pensem naquelas crianças que amam, que aconchegam à noite, que vos enchem o dia de calor e felicidade. E imagem que são elas que ali estão.

É por ver imagens como estas que não percebo aqueles que recusam receber refugiados na nossa terra. E é por isso que se me torna tão difícil transigir com esse tipo de atitude!

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