Mensagens

A mostrar mensagens de 2025

O QUE QUEREM OS MADEIRENSES JM_07_03_25

Imagem
  Miguel Albuquerque foi eleito presidente do Governo Regional há quase 10 anos, num período marcado por um rigoroso programa de ajustamento financeiro, com medidas difíceis para famílias e empresas. Ainda assim, conseguiu reduzir a dívida pública — hoje mais baixa do que a de Portugal e da União Europeia — e impulsionar o crescimento económico, com destaque para o turismo e para as tecnologias. A economia regional está mais robusta do que nunca. O setor tecnológico, por exemplo, viu o número de empresas triplicar, de 200 em 2016 para cerca de 600 em 2024, criando emprego qualificado e um volume de negócios comparável ao do turismo. Paralelamente, a redução da dívida e a obtenção de superávits orçamentais permitiram continuar a investir em infraestruturas, incluindo o novo Hospital Universitário da Madeira, atualmente a maior obra pública em execução no país. Hoje, a taxa de desemprego está em mínimos históricos. Na educação, tantas vezes maltratada e ignorada, fez-se uma ...

MIGRAÇÕES: VERDADES E MITOS - JM - 07_02_2025

Imagem
  MIGRAÇÕES: VERDADES E MITOS Na semana passada foi publicado, no Expresso, um ensaio de Ian Goldin, Professor de Oxford, onde o autor mostrou o impacto económico das migrações, desconstruindo mitos, percepções erradas e falácias. No fundo, expôs a ignorância atrevida dos xenófobos. Quem acompanha, conhece, estuda e pensa o fenómeno das migrações chega, muito rapidamente, a uma única conclusão: as migrações são idiossincráticas à humanidade, sem as quais não teria sido possível a diversidade (genética, cultural, social, intelectual) que garante a nossa sobrevivência enquanto espécie e promove o desenvolvimento e o progresso civilizacional. Há agentes políticos que fazem vida da xenofobia – na Madeira também temos dessa categoria de gente! -, que afirmam alarvidades para obtenção de likes nas cloacas das redes sociais, e para ganhos eleitorais. Esta semana tivemos políticos a mentir e a fazer insinuações sobre os migrantes. A primeira, foi associar o aumento de pedidos de legalizaçã...

Parlamentar ou para lamentar? JM - 15/12/2024 03:30

Atravessamos tempos estranhos e preocupantes. Em apenas 1 ano e 4 meses, realizámos duas eleições legislativas regionais, e a previsão é de que dentro de 2 meses sejamos, novamente, chamados às urnas. Para além do evidente cansaço do povo madeirense, este ciclo constante de eleições impede a estabilidade e a previsibilidade indispensáveis ao desenvolvimento económico e ao bem-estar social. Aliás, com esta permanente volubilidade, é quase um milagre os resultados positivos que a nossa economia apresenta, bem como a tranquilidade social em que vivemos. Felizmente, os agentes económicos, sociais, culturais e desportivos, enfim, o nosso povo, não se comporta da mesma forma que os partidos. Digo-o sem pruridos, porque acompanho de perto o fenómeno político e a atividade parlamentar na Madeira: o que se tem passado na Assembleia Legislativa, a tensão, a agressividade, a incapacidade de colocar o interesse regional à frente de interesses pessoais e partidários, a dificuldade em negociar, são ...

Entrincheirados - JM _ 10-01-2025

Imagem
Nós vivemos numa frente de batalha estreita e somos agarrados à terra pela força da necessidade. Não lutamos, não conquistamos; apenas resistimos e não queremos ser destruídos. Remarque, Erich Maria, “A Oeste Nada de Novo” Ainda não passou um ano e cá estamos, de novo, a viver uma crise política. Em janeiro de 2024 deveu-se a uma operação de carácter quase paramilitar, tão questionável na proporção de meios e mediatismo, quanto na solidez da suspeita, que resultou na absoluta desvalorização pelo Juiz de Instrução Criminal (JIC). Apenas para recordar a montanha que pariu o rato: 2 aviões militares, 80 carros de aluguer; 2 autocarros, quase 300 agentes, 2 juízes, 6 magistrados do Ministério Público e um despacho do JIC que diz o seguinte: “Não existem, nos autos, indícios, muito menos fortes indícios de que (…) o arguido (…) tenha incorrido na prática de um qualquer crime”. Entretanto, fomos a eleições, foi dada posse a um governo, foi aprovado um orçamento. Os madeirenses pensaram, aliv...

VITÓRIA

No passado dia 4 de janeiro de 2024, fui deixar a minha filha Beatriz ao aeroporto do Funchal, para o regresso a Évora, após a passagem de ano comigo. Depois de a entregar ao funcionário que a acompanhou, subi ao terraço, à espera de ver a Bia entrar no avião e a aguardar pela sua partida. Obviamente que estava muito triste pela despedida e contava os dias para voltar a estar com a minha filha. Enquanto estava cá fora, vi uma linda menina, com uns 4 ou 5 anos, a brincar, correndo de um lado para outro. Estava acompanhada pela família que, como vim a saber mais tarde, era composta por pai, mãe e tio. De vez em quando, a menina aproximava-se e parava, encostada a mim. Ria-se e voltava a correr. Entretanto, a Bia entrou no avião e a menina continuava a brincar. Assim que A321 iniciou a saída para a pista, a menina aproximou-se novamente e ficou parada a olhar para mim. Falei-lhe, fiz-lhe carinhos no cabelo e também nada disse, nem se mexeu. Perguntei-lhe o nome e ela continuava vidrada em...