Não observo os teus sonhos
É possível a observação de sonhos?
Às vezes parece-me que os meus sonhos são profanados por olhos indiscretos. Uma espécie de big brother dos sonhos que nos espiolha e vigia aquilo que vamos sonhando. Terei algo a recear? É provável que não, mas nunca é agradável imaginar que esta nossa morada seja invadida por um qualquer olhar estranho e estrangeiro a este lugar que achamos ser nosso. A profanação do meu lugar sagrado, que sou eu. Uma invasão despudorada e até obscena da minha alma.
Vem isto a propósito de ter olhado para ti esta noite, enquanto sonhavas. A minha primeira reação foi desejar estar no teu sonho, fazer parte dele. Ou, pelo menos, poder adivinhar aquilo que sonhavas, poder observá-lo, para te conhecer um pouco mais. Para apenas estar lá, contigo, nesse mundo para onde foste e não me levaste. Creio que até senti uma pontinha de ciúme. Porque quando se ama da forma que eu te amo, quer-se integralmente, a todos os momentos, em todos os lugares.
Mas rapidamente ganhei consciência (ou ganhou-me ela!) do desvario do desejo. Da própria infâmia que era a minha aspiração. Não, esse lugar é teu e não ouso seguir-te. Marca a tua individualidade, que não quero anular. O sonho é teu e só teu. E estarei vigilante para garantir que os teus sonhos não são maculados.
Velarei por eles. Irei acautelar que ninguém os viola ou os invade. Estarei desperto à noite, atento a qualquer sombra que possa surgir, apenas para garantir que nesse lugar para onde seguiste estarás salvaguardada de qualquer observação inapropriada,
Que olhos esbugalhados e indecentes não terão possibilidade de seguir para esse teu mundo único, pessoal e impartilhável.
Dorme, querida, dorme e sonha. Porque aí estarás em segurança, a salvo das vilanias do mundo!
Amo-te. Boa noite.
Às vezes parece-me que os meus sonhos são profanados por olhos indiscretos. Uma espécie de big brother dos sonhos que nos espiolha e vigia aquilo que vamos sonhando. Terei algo a recear? É provável que não, mas nunca é agradável imaginar que esta nossa morada seja invadida por um qualquer olhar estranho e estrangeiro a este lugar que achamos ser nosso. A profanação do meu lugar sagrado, que sou eu. Uma invasão despudorada e até obscena da minha alma.
Vem isto a propósito de ter olhado para ti esta noite, enquanto sonhavas. A minha primeira reação foi desejar estar no teu sonho, fazer parte dele. Ou, pelo menos, poder adivinhar aquilo que sonhavas, poder observá-lo, para te conhecer um pouco mais. Para apenas estar lá, contigo, nesse mundo para onde foste e não me levaste. Creio que até senti uma pontinha de ciúme. Porque quando se ama da forma que eu te amo, quer-se integralmente, a todos os momentos, em todos os lugares.
Mas rapidamente ganhei consciência (ou ganhou-me ela!) do desvario do desejo. Da própria infâmia que era a minha aspiração. Não, esse lugar é teu e não ouso seguir-te. Marca a tua individualidade, que não quero anular. O sonho é teu e só teu. E estarei vigilante para garantir que os teus sonhos não são maculados.
Velarei por eles. Irei acautelar que ninguém os viola ou os invade. Estarei desperto à noite, atento a qualquer sombra que possa surgir, apenas para garantir que nesse lugar para onde seguiste estarás salvaguardada de qualquer observação inapropriada,
Que olhos esbugalhados e indecentes não terão possibilidade de seguir para esse teu mundo único, pessoal e impartilhável.
Dorme, querida, dorme e sonha. Porque aí estarás em segurança, a salvo das vilanias do mundo!
Amo-te. Boa noite.
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